Um que não seja príncipe encantado, mas que também não seja sapo. Que seja parecido com os homens dos filmes e novelas, românticos e dedicados, que passe longe de ser machista e ignorante. Eu preciso de um amor que saiba conversar comigo e me acalmar quando eu estiver num daqueles dias ruins, quase subindo pelas paredes de tão irritada. Que não brigue quando eu cortar o cabelo um pouquinho a mais do que eu tinha falado. Que não dê palpite sobre o comprimento das minhas roupas ou sobre a cor do meu esmalte. Um amor que entenda quando eu decidir poucos minutos antes que não quero ir mais à festa, aquela que eu o convenci a ir e fiquei a semana toda na maior ansiedade.
Que tenha pitadas de humor, que conte piadas, mas que estas tenham graça. Que me faça rir sem nem imaginar que isso poderia acontecer. Preciso de um que me ajude nas tarefas de casa e que faça isso sem chantagens e reclamações.
Quero um amor que no primeiro chamado esteja ao meu lado, preparado para o que der e vier. Que não fique bravo se eu marcar uma hora e chegar quase duas depois. Que seja apaixonado, que me conquiste todos os dias, escreva cartas e mande flores sem data especial.
Eu preciso de um que fale sem medo dos seus problemas, sobre seus sentimentos, sem se sentir inferior, que não seja rotineiro, que tenha sempre algo de novo pra fazer, que me inclua em seus planos, inclusive na pescaria e no futebol. Que tenha paciência e vá comigo fazer compras, que de vez em quando me surpreenda com uma bandeja de café na cama ou com uma declaração em público. Que tenha uma pontinha de ciúme, mas que jamais perca a cabeça por isso. Que me passe confiança e me dê segurança, que converse comigo por telefone, mesmo que a ligação esteja caótica, no mesmo entusiasmo e alegria, como se estivesse olhando nos meus olhos.
Um amor que seja capaz de enfrentar o mundo por minha causa, que doe sua vida pela minha (tomara que isso não seja necessário). Não precisa ser perfeito, apenas capaz de protagonizar comigo uma história de amor.
Kamila